Já não era sem tempo de o Ministério Público Federal
(MPF) investigar as relações promíscuas entre as ditas “fundações de apoio” e a
s universidades. Em nome da agilidade nas compras, porém, ferindo de morte a
transparência necessária no uso do dinheiro público, essas fundações são
contratadas sim, sem concorrência, no fundo para carimbar obras polêmicas com o
selo das universidades as quais dão apoio e “limpar” a barra dos governos. As
relações incestuosas não se limitam às fundações ligadas às universidades
federais, muito embora os reitores da Universidade de Brasília (UnB) e
Universidade Federal de Rondônia (Unir) tenham caído exatamente por problemas
com as tais “fundações de apoio”. E só caíram após a mobilização da comunidade
universitárias das duas instituições, porém, em várias outras universidades,
até hoje, pululam denúncias de corrupção e favorecimento nas relações com as
fundações. Em Manaus, de quando em vez surgem notícias nada agradáveis,
principalmente de falta de transparência, como agora, envolvendo a Fundação
Muraki, que após a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Fundação Rio
Solimões (Unisol), que apóia a Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Mas não
fica só nisso. Não faz muito tempo, a Prefeitura Municipal de Manaus (PMM)
contratou, sem licitação, por quase R$ 3 milhões, a Fucapi, para organizar nove
audiências públicas com vistas ao Plano Diretor da cidade. E nem se tratava do
menor preço. O contrato é obscuro, porém, pouco se falou no assunto. Se o MPF
centrasse fogo apenas nos contratos das administrações públicas, em todos os
níveis, com essas fundações, encontraria, certamente, procedimentos no mínimo
duvidosos no uso dos recursos públicos que, necessariamente, só podem ser
utilizados com transparência plena.
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