terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Visão equivocada sobre cursos de férias

Há uma visão equivocada sobre os cursos de férias nas universidades brasileiras. Na maioria dos cursos, inclusive, a opção existe no papel, porém, na prática, não são oferecidos. Educadores à antiga acreditam que se os cursos de férias forem oferecidos, os estudantes vão se aproveitar, não cursá-lo no período normal para “levar vantagem” nos cursos de férias. Muitos argumentam que ministrar a mesma disciplina, todos os dias, durante um mês, prejudica o desempenho dos estudantes ou a disciplina é “mal ministrada” pelo professor. Fosse verdade, os cursos de pós-graduação brasileiros que funcionam em módulos nem seriam autorizados. Não tenho uma visão fatalista do processo educacional e nem me preocupo se há estudantes levando vantagem ou não. Preocupa-me sim, essa visão equivocada de não deixar que o estudante adiante seu progresso na Instituição. É salutar, se um estudante tiver disponibilidade, que a universidade ofereça cursos de férias. Melhor seria, inclusive, se parte dos professores gozasse o período normal de férias no meio do ano e outra parte no início do ano. O planejamento seria mais bem administrado e as universidades não ficariam praticamente às moscas durante mais de 30 dias. Cursos de férias são necessários e não há mal nenhum em oferecê-los constantemente. Isso evitaria a retenção de estudantes e melhoraria o desempenho das universidades.

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