A Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDBEN) propaga que a Educação no País deve ter como
base a tolerância e a liberdade. Talvez fosse precipitado da minha parte, e até
desonesto, dizer que o legislador, Darcy Ribeiro, ao propor a Lei, sabia que se
transformaria em uma quimera, pelo menos nessas duas acepções. Há tolerância
nas escolas brasileiras, dos ensinos Fundamental e Médio, e até nas
universidades? Ribeiro sabia muito bem que tolerância não é um valor que
adquire por decreto ou “da noite para dia”. Trata-se de um processo lento,
gradual e que leva anos para se adquirir, pois habita o campo da cultura. Uma
sociedade que viveu décadas sob a égide da ditadura militar, tendo o autoritarismo
como regra, não muda, como num passe de mágica, todos os seus professores e
professoras, todos os profissionais da Educação, e os transforma em tolerantes.
E se a sociedade, no todo, for intolerante com as minorias, dificilmente o
processo educacional será baseado na tolerância. A Educação, em si, a mim me
parece mais um processo de domesticação de mentes e corações para adequá-los
aos sistemas político e econômico vigentes. O segundo valor, o da liberdade,
portanto, em essência, jamais existirá, pois o aprisionamento do indivíduo é um
processo que começa na própria família. No papel, a LDBEN apresenta valores
interessantes, na prática, porém, transformam-se em “Contos de fadas”.
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