quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Professores das federais ganham menos que no Governo FHC

Essa ideia do senador Cristóvam Buarque (PTB) de transferir o gerenciamento da Educação Superior do País do Ministério da Educação (MEC) para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT) tem pelo menos um problema crucial a ser resolvido: a equiparação das carreiras, portanto, dos salários dos professores das universidades aos pesquisadores do MCT. Há uma grave distorção que, ao que se sabe, o projeto do senador não pretende corrigir. Hoje, no Brasil, um professor em início de carreira, com doutorado, recebe cerca de R$ 7.300,00 enquanto um pesquisador do MCT recebe pouco mais de R$ 10.300,00 na mesma condição: início de carreira. E se for comparar com um pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplica (Ipea), a distância fica muito maior: ele recebe cerca de R$ 13 mil, também em início de carreira. O Blog Acerto de Contas demonstra claramente que os professores das universidades federais, comparativamente, já recebem menos do que no Governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Será que o senador Cristóvam Buarque pensou em desatar esse nó? Será que ao passar para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT) a equiparação será feita automaticamente? A mim me parece que as centrais sindicais e até, nós, os professores, individualmente, não deveríamos esperar que um dia o Governo Federal corrigisse essa aberração. Temos de buscar, na Justiça, que a Constituição seja comprida e servidores que exercem os mesmos cargos tenham salários iguais. Essa isonomia é direito dos professores e uma bandeira de luta a ser levantada urgentemente pelo Andes – Sindicado nacional, que se encontra reunido em Manaus. O que não se pode mais agüentar é permanecer com os salários em níveis inferiores aos da era FHC.

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