Essa ideia do senador Cristóvam Buarque (PTB) de transferir
o gerenciamento da Educação Superior do País do Ministério da Educação (MEC)
para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT) tem pelo menos um
problema crucial a ser resolvido: a equiparação das carreiras, portanto, dos salários
dos professores das universidades aos pesquisadores do MCT. Há uma grave distorção
que, ao que se sabe, o projeto do senador não pretende corrigir. Hoje, no
Brasil, um professor em início de carreira, com doutorado, recebe cerca de R$ 7.300,00
enquanto um pesquisador do MCT recebe pouco mais de R$ 10.300,00 na mesma
condição: início de carreira. E se for comparar com um pesquisador do Instituto
de Pesquisa Econômica e Aplica (Ipea), a distância fica muito maior: ele recebe
cerca de R$ 13 mil, também em início de carreira. O Blog Acerto
de Contas demonstra claramente que os professores das universidades federais,
comparativamente, já recebem menos do que no Governo de Fernando Henrique
Cardoso (FHC). Será que o senador Cristóvam Buarque pensou em desatar esse nó?
Será que ao passar para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT) a equiparação
será feita automaticamente? A mim me parece que as centrais sindicais e até,
nós, os professores, individualmente, não deveríamos esperar que um dia o
Governo Federal corrigisse essa aberração. Temos de buscar, na Justiça, que a
Constituição seja comprida e servidores que exercem os mesmos cargos tenham
salários iguais. Essa isonomia é direito dos professores e uma bandeira de luta
a ser levantada urgentemente pelo Andes – Sindicado nacional, que se encontra
reunido em Manaus. O que não se pode mais agüentar é permanecer com os salários
em níveis inferiores aos da era FHC.
Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e
o novo Blog do Gilson
Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e
no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.