Recentemente citei o livro
“A aventura da universidade”, do hoje senador Cristóvam Buarque (PTB-DF), antigo
reitor da Universidade de Brasília (UnB) no qual ele reitera que a universidade
pouco ousa, portanto, cria poucos espaços para as descobertas. Trata-se de um
dos melhores livros que já livre pelo retrato que faz da universidade ao longo
dos tempos. Mas me deixa sempre um questionamento: como, se tem um diagnóstico
tão claro da universidade, a UnB pouco mudou com a administração dele? Entra, então,
na busca dessa resposta, a afirmação de Edgar Morin de que nós, os seres vivos,
somos complexos, portanto, somos 100% razão e 100% emoção, ao mesmo tempo. Essa
parece ser a chave para a resposta: a universidade matou a emoção. Trabalha apenas
com a perspectiva da razão. E esse racionalismo extremista destrói a criatividade.
Oras, se destrói a criatividade, também leva junto a ousadia. É como se a universidade,
mundo afora, fosse um daqueles times de futebol da maior eficiência possível,
mas no qual é proibido driblar, correr com a bola, tentar uma jogada diferente,
que surpreenda o adversário. E é nesse mastodonte burocrático que nós todos
trabalhamos. E foi esse animal extremamente burocrático que poucas chances de
mudanças deu ao então reitor Cristóvam Buarque. Quando o racionalismo mata a
criatividade, deve ser repensado dia após dia.
Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e
o novo Blog do Gilson
Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e
no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.