Ontem abordei neste espaço um assunto espinhoso: a
exploração de professores por parte das instituições particulares do Ensino
Superior. O poder público também explora, miseravelmente, professores, em todos
os níveis: federal, estadual e municipal. A contratação de “temporários” ad
eternum é uma das maiores vergonhas deste País que, esperava, seria corrigida
pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Uma vez no poder, o PT também usa dos
mesmos artifícios para a contratação temporária de professores. E isso se
agrava mais nas prefeituras do interior. Há professores que estão há mais de 10
anos como temporários, a espera de um concurso público. Esses professores e
professoras convivem anualmente com a insegurança e terminam por se transformar
em alvos fáceis das pressões políticas. Na prática, são demitidos em dezembro,
sem direito às férias e ao décimo terceiro salário, e recontratados em janeiro.
Pelo gosto dos prefeitos, essa categoria dos temporários não teria fim nunca: é
uma espécie de curral eleitoral permanente. O que os governos precisam é dar
dignidade a essa gente, com a oportunidade de um concurso público e todas as
garantias trabalhistas. O que se faz hoje é uma exploração descabida de
profissionais estratégicos para um Brasil melhor.
Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e
o novo Blog do Gilson
Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e
no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.