Que me perdoe o Senador Cristóvam Buarque (PDT-DF),
autor do projeto que muda a gestão da Educação Superior do País do Ministério
da Educação (MEC) oara o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT), já
aprovado na a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e
Informática do Senado Federal (CCT), mas a sua justificativa para a troca não
se sustenta. O argumento de que o MEC concentra todo o gerenciamento da
Educação no País e privilegia o Ensino Superior em detrimento do Ensino Básico
é, se não falso, pelo menos silogístico. O senador Buarque tem méritos, algumas
boas ideias para a Educação brasileira, mas, nesse caso, pisou na bola em não
consultar a comunidade universitária brasileira, muito menos os reitores, e
menos ainda, as escolas do ensino básico. Dissociar a Educação Superior
brasileira dos demais níveis do País é assumir publicamente um viés tecnicista
que não condiz nem como o novo pensamento epistemológico da ciência no mundo
inteiro. Não se devem dissociar os níveis de educação nem em tese, muito menos
em gerenciamento. A educação é um processo sistêmico no qual a Educação
Superior interfere na Educação básica e vice versa. Esvaziar o MEC e pensar que
com isso o Ensino Básico no Brasil alcançará níveis de primeiro mundo é de uma
ingenuidade que não me parecia ser algo que o Senador Buarque possuísse. Até
agora o projeto do Senador caminha a passos largos. Só falta passar pela
Comissão de Educação e pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania para entrar
em vigor. Até lá, porém, as entidades dos reitores e representantes dos
professores talvez reajam. É esperar para ver!
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