Um dos grandes desafios do
novo ministro da Educação, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), se não o maior,
é dar credibilidade ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A ideia do
ex-ministro Fernando Haddad, candidato de Lula a quebrar a hegemonia do PSDB em
São Paulo na disputa pela prefeitura, de um Exame nacional que sirva de
parâmetro para avaliar a qualidade do Ensino Médio e, ao mesmo tempo ingressar
nas universidades e instituto federais não é inédita. O problema é que exames
com esse formato são aplicados em Países cuja área não chega a um estado de
Rondônia, por exemplo. Quantas cabeças de presidentes do Instituto Nacional de
Pesquisas Educacionais Anysio Teixeira (Inep) rolarão até que o Enem dê certo e
seja aplicado sem nenhuma denúncia de fraude? A última a perdê-la foi Malvina
Tuttmann, ex-reitora da UniRio. Exatamente como a primeira medida de Mercadante
para “moralizar o Enem”. Seu sucessor, o ex-secretário de Educação Superior, Luiz
Cláudio Costa, terá de trabalhar muito para ter vida longa. Ainda assim, corre
o mesmo risco de todos quando se trata do Enem: logística. O Brasil é um país
de dimensões continentais. Logo, distribuir provas e aplicá-las nos mesmos dia
e horário, em todos os rincões, sem a possibilidade de fraudes é quase
impossível. Por isso usei o verbo “dar” e não “recuperar” na relação com a
credibilidade. Afinal, só se recupera aquilo que já se teve um dia. E o Enem,
por enquanto, não sabe o que é credibilidade.
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