Que a Luiza vá para o
Canadá, pouco me importa? Que ela volte, menos ainda. Quando li hoje, porém,
que após virar hit no Twitter e se tornar celebridade nacional a jovem
paraibana de 17 anos passou a cobrar R$ 15 mil para se fazer presentes em
festas de hotéis (e que um já havia pago por tal serviço) aí fiquei a me
perguntar: quanto vale o trabalho de um professor universitário neste País?
Todos os meses, diariamente, a não ser quando estou viajando a serviço do
Ministério da Educação ou como representante do Programa de Pós-graduação que
ora coordenava, compareço religiosamente ao meu local de trabalho: a
Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Sou professor associado, quase no topo
da carreira, e não ganho, em 30 dias, o que a Luíza Canadá passou a ganhar
apenas por estar em uma festa VIP. Não há algo de errado no Reino da Dinamarca?
Meus colegas professores, com doutorado, em início de carreira, recebem cerca
de R$ 7.300,00. Não é nem a metade do que a Luiza Canadá ganha para ser VIP em
uma festa. Que a senhorita Canadá receba seus R$ 15 mil por festa, tudo bem. É
problema de quem paga. A sociedade, porém, não estaria desvalorizando demais o
trabalho de um professor (ou professora)? Será que não somos VIPs aos olhos da
sociedade? Em 30 dias não valemos a festa de um dia da Luiza. Algo precisa ser
feitos pelo poder público para corrigir tão grave distorção nos salários dos
professores universitários brasileiros.
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