A cada dia que passa e
quanto mais aprofundo as leituras sobre a teoria da complexidade e dos caos, aí
inclusa a teoria sistêmica, e a teoria da amorosidade, mais consolido a
convicção de que administrar, acima de tudo, é um ato de amor, de entrega, de acolhimento.
E o ato de amor mais importante advindo do ato de administrar é o ato de educar.
Porque, se administrar é um ato de amor, fazê-lo pedagogicamente, como exemplo
para a comunidade, é o nosso maior desafio. Há uma pessoa na Universidade
Federal do Amazonas (Ufam) com a qual troco intensamente ideias sobre essa
miríade de teorias, muito embora pouco aprofundemos o quão complexo é
administrar uma universidade. Hoje ele é o Pró-reitor de Extensão e
Interiorização, professor Frederico Arruda. Mantemos uma relação de respeito e admiração
mútua há tempos. E isso não o obriga a me seguir quando sou candidato nem que
eu o sigo quando ele tiver em outra trincheira. Esse, talvez, seja um exemplo
clássico do ato de amor que é administrar, inclusive, as relações pessoais e de
trabalho. Esse é o legado que podemos deixar para as gerações futuras dentro da
Ufam: é possível divergir figadalmente, porém, manter o respeito à dignidade e
às diferenças. Em não sendo assim, transformamos o processo de escolha dos
dirigentes das organizações em algo amargo, que faz mal para o fígado e para a
alma. Em uma universidade, estar em lados opostos não significa que sejamos
inimigos. Dar o direito ao outro de divergir, às vezes, é tão doloroso que
chega a ferir a alma. Exercitar a amorosidade, no entanto, é praticar
plenamente o direito à liberdade. Façamos da nossa convivência dentro das organizações,
especialmente da Ufam, um exercício de amorosidade. Só assim poderemos
transformar o ato de administrar em um ato educativo contínuo.
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