segunda-feira, 12 de março de 2012

A universidade que não se renova


Pensar a universidade brasileira não se trata apenas de relacioná-las com as políticas públicas vigentes. É, antes de tudo isso, renovar a forma de pensar, o modo de ver o mundo. Uma universidade que optou pelo capitalismo como “modelo de negócio” e que se baseia única e exclusivamente em transformar seus grupos de pesquisas em “escritórios de negócios” e captação de recursos não ajuda a sociedade a avançar. É dever da universidade pensar o fazer e não “fazer sem pensar”. Fixar-se em um único “modelo” socioeconômico de sociedade é negar a própria história da universidade e da humanidade. O processo de formação para a vida requer visão crítica a respeito do modelo econômico vigente. A partir do momento que ele passa a ser monopólio dentro da própria instituição, perde-se o vigor, o processo de revitalização, de renovação. A universidade que ousa não cria ídolos nem os destrói. Estuda-os. Pesquisa-os. E faz desses dois verbos a alma da sua existência. Sem isso, enclausura-se em um tipo de prática nociva para ela e para a sociedade. Universidade que não se renova é universidade cujo destino é a morte lenta e gradual.


OBS: Post do dia 10/03/2012

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