Para alguns dirigentes das
universidades federais brasileiras, inclusive, há quem pense assim na própria
Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a autonomia universitária significa
tirania. Digo isso por participar de alguns colegiados da Instituição e
verificar, in loco, que grande parte das pessoas entende que a Constituição do
País, bem como todas as demais leis, devem ser rasgadas, pisoteadas e jogadas
na lata do lixo, em nome da tão propagada autonomia. Fico a me perguntar se
criar os meus filhos com base nessa filosofia da autonomia que se aplica nas
universidades é incentivá-los a não respeitar as leis, a rasgar as convenções e
sair por aí fazendo o que bem entendem? Evidentemente que não. Entendo que a
universidade é o ambiente da contestação, do exercício da liberdade. E jamais
deve perder essa característica essencial para o avanço dos saberes. Se há
pontos nas leis que merecem contestações, que sejam contestados. Porém, nas
instâncias do Estado democrático de direito. Que façamos greves, que
enfrentemos os canhões coletivamente, em nome de uma causa. Confundir, no
entanto, autonomia com tirania só serve aos próprios tiranos.
Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e
o novo Blog do Gilson
Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e
no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.