Fala-se, na universidade
brasileira, que o tripé na qual ela (a universidade) está baseada é o Ensino, a
Pesquisa e a Extensão. E não deixa de ser verdade, pois, inclusive, esse é o
primeiro critério usado pelo Ministério da Educação (MEC) para que uma
Instituição seja reconhecida como Universidade: precisa ter ações nos três
domínios. Acontece que isso precisa ser tido e cobrado desde a Chefia do
Departamento até à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, pois, o que ocorre
hoje, pelo menos na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) é que as horas
trabalhadas nos programas de Pós-graduação parecem ser “horas da vergonha”, ou
sejam: ou não podem ser computadas ou, se as são, é como se causassem
constrangimento ao professor que o faz. É como se o professor-doutor tivesse de
“pedir perdão” aos colegas de departamento por trabalhar nos programas de Pós.
Porém, como bem-diz o meu colega Antônio José Valle da Costa, “dedicação
exclusiva não é escravidão”. Não cabe dentro das 40 horas para as quais somos
contratados tocar dois projetos de extensão, um de pesquisa, ministrar mais de
uma turma em graduação e outra em Pós-graduação, bem como orientar estudantes
de PIBICs, graduação e Pós. Há uma Resolução da Ufam que estabelece: nenhum
curso pode funcionar com menos de oito professores. Há outra, também, muito
clara: professores que desenvolvem atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão só
podem ministrar quatro horas de aulas na graduação. Portanto, combinadas, o que
as resoluções dizem, indiretamente, é: “cursos que possuem programas de
pós-graduação devem ter um professor a mais, além do mínimo, para cada
professor que atuar em programa de Pós-graduação”. Em assim não sendo, trata-se
de um processo de escravidão sob a batuta do Estado brasileiro. A Ufam tem o
dever de fazer valer suas Resoluções e exigir do MEC a contratação de professores
para suprir a defasem que existe nos cursos que possuem programas de Pós-graduação.
E com urgência!
Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e
o novo Blog do Gilson
Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e
no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.