terça-feira, 20 de março de 2012

MEC dá provas de que não sabe o que é avaliar



O anúncio, com estardalhaço, feito pelo Ministério da Educação (MEC) de que criara “a avaliação nacional da alfabetização” só confirma a nossa postagem do dia 18 de março de 2012, denominada “A medição travestida de avaliação”. Prova, também, que o MEC, conceitualmente, entende pouco de avaliação. Ao anunciar a tal prova, apresentada como uma ampliação da “Provinha Brasil”, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT-SP) foi preciso e disse que o objetivo é medir o grau de alfabetização de crianças de 7 e de 8 anos. Mas quando se refere ao tema, como por exemplo, ao Enade, o ministro comete deslizes típicos da própria pasta que, como falei, não entende conceitualmente a diferença entre avaliar e medir. Ele disse, por exemplo, que “Quem quer ser avaliado apoiará mudanças no Enade”. O Enade não avalia nada. Mede, apenas, o desempenho dos estudantes brasileiros em conteúdos decididos por alguns “iluminados”. Mais nada. O máximo que esse exames nacionais fazem é tirar o País da completa escuridão que se encontrava em termos de parâmetros mínimos para se avaliar. Não se trata, porém, de avaliação. Talvez sejam os primeiros passos. No geral, porém, melhor que nada. Mas, são só os primeiros passos.

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