Nas universidades
brasileiras parece haver uma tendência a se tentar monopolizar o saber. Muitos
dos professores, que agora preferem ser atendidos pela “alcunha” de
pesquisadores, deveriam usar constantemente o Facebook. Talvez, assim
entendessem e, quem sabe, até pusessem em prática, a essência do verbo
compartilhar. Arautos da modernidade (ou até da tal pós-modernidade), muitos esquecem,
esquecem, porém, o que muda, efetivamente, com a Internet: liberdade, cidadania
e responsabilidade. Um dos maiores desafios, não apenas da universidade
brasileira, é trabalhar em rede. Compartilhar saberes. Sair, definitivamente,
daquela divisão em disciplinas, em caixinhas do conhecimento, cada uma no seu
lugar. O lócus do saber é a vida. A universidade é parte dela. Nada a mais. Por
ter todo o conhecimento nela produzido financiado por recursos públicos, no
caso das federais, é dever que seja compartilhado com a sociedade. O que nos
move no Grupo de Estudos e Pesquisa em Ciências da Comunicação, Informação,
Design e Artes (Interfaces), no últimos oito anos, é defender, e tentar
praticar (pois não é nada fácil) a cultura hacker: as informações são um
poderoso bem concreto e é um dever moral compartilhá-las. Essa deveria ser a
essência de qualquer universidade. Ainda mais se for uma universidade pública.
Vale, aos que pensam serem donos dos saberes, refletirem sobre o assunto. Quem
sabe não derrubam o muro que os isola dos próprios colegas ao lado? A
universidade e a sociedade passarão a ser melhores quando os conhecimentos
foram compartilhados livremente como um bem social inalienável.
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