domingo, 18 de março de 2012

A medição travestida de avaliação

No sistema educacional brasileiro existe a prática da medicação travestida de avaliação. Isso em quaisquer dos níveis da Educação. Algumas escolas, inclusive universidades, são realistas e fazem constar nos calendários a semana de provas. Outras, que levam o eufemismo ao extremo, chamam o mesmo período dedicado às provas de semana de avaliação. Engana-se quem apenas aplica provas e pensa estar a avaliar. A avaliação pura e simples é mera medição. O ato de medir por meio de provas pode sim fazer parte do processo de avaliação. É, no entanto, uma das variáveis. O processo de avaliação pressupõe ações corretivas ao longo do período. Sem isso, o máximo que se faz é medir. Nas escolas brasileiras, conteudísticas por excelência, não há nem tempo nem espaço para avaliações. Provas são aplicadas, porém, independentemente do desempenho dos estudantes, o que foi visto anteriormente não é reforçado ou corrigido. Investe-se em despejar conteúdos e mais conteúdos sem se importar se não ou não compreendidos. Essa é uma prática típica dos processos de medicação e não da avaliação. Enquanto essa for a regra a educação brasileira patinhará.






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