Espera-se de uma
universidade pessoas com pensamentos progressistas, que ajudem a comunidade a
avançar em cada um dos seus processos, ou seja, na própria forma de ver o
mundo. O que se tem na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), quiçá na
universidade brasileira, é um pensamento predominantemente mediano e atrasado.
Fico a me perguntar? Como uma Instituição com esse tipo de pensamento será
capaz de avançar no Ensino, na Pesquisa e na Extensão se não sabe nem separar o
joio do trigo. Se não, vejamos. Tornei-me motivo de chacota nas duas vezes em
que participei do processo de consulta para a reitoria da Ufam por freqüentar a
Divisão de Obras (DO) da Prefeitura do Campus da universidade. Entre piadinhas
e risinhos, os maledicentes representantes do que chamo da “vanguarda do atraso”,
aliás, a maioria absoluta dos que compõem a comunidade da Ufam, diziam que “se
eu fosse reitor iria despachar da DO”. Imbecis, idiotas, mil vezes hipócritas. Essa
gente, cujo modo de pensar é mediano, tem minhocas na cabeça e não massa
cinzenta. Com todo o respeito que se deve ter às minhocas. Reitor ou não, no
meu horário de almoço, faço o que bem entender da minha vida. E enquanto me
sentir feliz em almoçar com meus amigos e colegas de trabalho (e jogar dominó,
baralho ou o que decidirmos), o farei, independentemente do cargo que ocupar.
Esse tipo de gente oca, não faz comentários dessa ordem por outra coisa que não
seja o preconceito. Certamente, acham que um reitor não “deve se misturar”. A
DO é tão importante para a Ufam quando o Hospital Universitário (HU). E só não
sento para jogar dominó com meus amigos e amigas do HU na hora do almoço em
função da distância. Não dou o direito a nenhum membro da comunidade da Ufam de
se meter em minha vida particular. Cumpro com todos os meus deveres funcionais
muito além do que exige a legislação vigente. Meus Relatório Individuais de
Trabalho (RITs) e Planos Individuais de Trabalho (PITs) apresentam, e são
aprovados pelo Departamento no qual sou lotado, aproximadamente 70 horas de
trabalhos semanais. Jamais deixei de dar conta das obrigações funcionais. Desonesto
é passar o dia criticando as outras pessoas e, no final do ano, não produzir
nenhum artigo científico, isso para professores-pesquisadores ou, no caso, de
alguns técnicos, passar a vida inteira e não aprender nem a virar todas as
cartas do jogo de paciência, no nível de iniciante, instalado nos computadores.
A universidade é o lócus da liberdade, de se desenvolver o pensamento acima do
que a maioria considera a média. É essa visão hipócrita e medíocre de vocês que
atrasada a universidade. Quem gasta tanto tempo a me criticar por jogar dominó
na hora do almoço com meus amigos deveria mesmo era cumprir minimamente com o
horário de trabalho e as obrigações para as quais foram contratados. Garanto
que a Ufam seria melhor e a sociedade teria motivos de sobra para se orgulhar
de vocês. De minha parte, “vão se catar e trabalhar”.
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