Assim
como comentei neste espaço, dia 11 de agosto de 2013, que "A
Capes não é nenhuma entidade do além", não tenho a menor dúvida de que
avaliação é, acima de tudo, um contrato social estabelecido entre as partes.
Além disso, trata-se de uma relação de poder que é tão simples e clara como
água cristalina: quem pode decide os que
vão poder e a forma como poderão. "Assim caminha a humanidade",
como diria Lulu Santos, ou "quem não sabe brincar, não vem pro game",
como pregam os mais jovens. Posso até não concordar com algumas das regras
impostas pelos nossos pares por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes), e não concordo mesmo com muitas delas, mas,
na função de Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do
Amazonas (Ufam) ou na função de Coordenador do Programa de Pós-graduação em
Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Ufam os "documentos de área" são
minha Bíblia. Ao aceitar o cargo de Pró-reitor ou de coordenador de Programa,
aceitei "jogar o jogo". De acordo com as regras vigentes. Posso
tentar mudá-las? Com toda a certeza. Mas, nas instâncias nas quais se pode
fazê-lo. Há outro caminho? Sem dúvidas: todos os programas de Pós-graduação de
todas as áreas poderiam, conjuntamente, decidir se insurgir contra a Capes e
não mais seguir os ditames dela advindos (ou seja, dos nossos colegas de área).
Implodiríamos o sistema, implantaríamos um caos total e cada universidade
decidiria, da forma que bem entendesse, como tocar seus programas de Pós. Como
fizemos a opção preferencial pelo sistema, e democrático, talvez o caminho mais
sensato seja tentar "mudá-lo por dentro". Depurar um sistema de avaliação
para torná-lo menos autoritário e mais justo não é tarefa menor. Quem topa?
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