segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A avaliação é um contrato social

Assim como comentei neste espaço, dia 11 de agosto de 2013, que "A Capes não é nenhuma entidade do além", não tenho a menor dúvida de que avaliação é, acima de tudo, um contrato social estabelecido entre as partes. Além disso, trata-se de uma relação de poder que é tão simples e clara como água cristalina: quem pode decide os que vão poder e a forma como poderão. "Assim caminha a humanidade", como diria Lulu Santos, ou "quem não sabe brincar, não vem pro game", como pregam os mais jovens. Posso até não concordar com algumas das regras impostas pelos nossos pares por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e não concordo mesmo com muitas delas, mas, na função de Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) ou na função de Coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Ufam os "documentos de área" são minha Bíblia. Ao aceitar o cargo de Pró-reitor ou de coordenador de Programa, aceitei "jogar o jogo". De acordo com as regras vigentes. Posso tentar mudá-las? Com toda a certeza. Mas, nas instâncias nas quais se pode fazê-lo. Há outro caminho? Sem dúvidas: todos os programas de Pós-graduação de todas as áreas poderiam, conjuntamente, decidir se insurgir contra a Capes e não mais seguir os ditames dela advindos (ou seja, dos nossos colegas de área). Implodiríamos o sistema, implantaríamos um caos total e cada universidade decidiria, da forma que bem entendesse, como tocar seus programas de Pós. Como fizemos a opção preferencial pelo sistema, e democrático, talvez o caminho mais sensato seja tentar "mudá-lo por dentro". Depurar um sistema de avaliação para torná-lo menos autoritário e mais justo não é tarefa menor. Quem topa?


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