Sejamos,
todos nós, realistas: criamos um monstro e ele nos ameaça a saúde mental e a
saúde física. Desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, e mais
acentuadamente nos dois governo de Luiz Inácio Lula da Silva e no Governo Dilma
Rousseff, a meritocracia foi implantada. Muitos de nós mordemos a isca porque
acreditamos que a meritocracia é um tipo de "valorização" do mérito,
algo bem típico do modelo norte-americano. Meritocracia, no entanto, no jargão
da administração de finanças, é uma forma de remuneração que leva em conta o
"desempenho" dos funcionários. Com isso, o chamado tripé da
universidade brasileira deixou de ser a tríade Pesquisa, Extensão e Ensino e
passou a ser mérito, competência e competição. Porque há uma briga ferrenha
entre pares para "criar" cursos de Pós-graduação Lato-sensu, sempre
pagos, para engordar os rendimentos?. Ainda se pode somar a isso uma
participação em um Parfor aqui, em um curso de EAD ali, ou em um Pibidi acolá!
Na prática, o que se tem é uma remuneração diferenciada baseado em duvidosos
critérios de escolha de quem são os "iluminados" a participar deste
ou daquele programa. Passamos a valorizar mais a competição, quase insana, em
detrimento da colaboração. Costumo dizer aos estudantes de Pós-graduação dos
programas nos quais atuo como professor que um projeto de pesquisa é sempre uma
obra coletiva, de cooperação intensa durante o período de realização. Entre
nós, porém, a cooperação parece minguar a cada dia.
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