quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A metáfora de Adão e Eva no processo educacional

Todas as vezes que vou discutir a modalidade de Educação a Distância com outros colegas professores recebo sempre a mesma pergunta:"Mas como vou controlar o aluno?" De onde vem essa compulsão pelo controle na história da humanidade, mais ainda, na Educação? Talvez seja uma herança de Deus, registrada na metáfora de Adão e Eva e a criação do mundo. Será que a sociedade nos controla tanto para não cometermos repetidas vezes, em público, o pecado original? Dizer que o ser humano precisa ser controlado e assumir como traço cultural indelével que não se pode juntar um homem e uma mulher no paraíso que eles sempre desejarão "comer a maçã". É como se a humanidade trouxesse da passagem bíblica toda a sua gênese comportamental. Talvez por isso, contraditoriamente ao que prega a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), a "educação para a liberdade" seja letra morta. Somos gestados em uma "clausura operacional" chamada útero. Quando de lá saímos ou somo arrancados à fórceps, caímos em uma prisão domiciliar chamada família. Nela, somos formatados na Igreja e na Escola, mecanismos nada sutis de controle social. No mais das vezes, nosso maior grito de liberdade é casamento ou a vida a dois. Educação, portanto, não passa de um mecanismo de controle, travestido de processo educacional, cujo objetivo é enquadrar os indivíduos aos usos e costumes vigentes. Quem for livre que escolha a forma mais sutil de ser controlado sob a égide do livre arbítrio, remanescente do pecado original de Adão e Eva.

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OBS: Post do dia 21/08/2013

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