Todas
as vezes que vou discutir a modalidade de Educação a Distância com outros
colegas professores recebo sempre a mesma pergunta:"Mas como vou controlar
o aluno?" De onde vem essa compulsão pelo controle na história da
humanidade, mais ainda, na Educação? Talvez seja uma herança de Deus,
registrada na metáfora de Adão e Eva e a criação do mundo. Será que a sociedade
nos controla tanto para não cometermos repetidas vezes, em público, o pecado
original? Dizer que o ser humano precisa ser controlado e assumir como traço cultural
indelével que não se pode juntar um homem e uma mulher no paraíso que eles
sempre desejarão "comer a maçã". É como se a humanidade trouxesse da
passagem bíblica toda a sua gênese comportamental. Talvez por isso,
contraditoriamente ao que prega a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN), a "educação para a liberdade" seja letra morta.
Somos gestados em uma "clausura operacional" chamada útero. Quando de
lá saímos ou somo arrancados à fórceps, caímos em uma prisão domiciliar chamada
família. Nela, somos formatados na Igreja e na Escola, mecanismos nada sutis de
controle social. No mais das vezes, nosso maior grito de liberdade é casamento
ou a vida a dois. Educação, portanto, não passa de um mecanismo de controle,
travestido de processo educacional, cujo objetivo é enquadrar os indivíduos aos
usos e costumes vigentes. Quem for livre que escolha a forma mais sutil de ser
controlado sob a égide do livre arbítrio, remanescente do pecado original de
Adão e Eva.
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OBS:
Post do dia 21/08/2013
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