Transformar
o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no vilão da Educação do Amazonas é de
um simplismo de estarrecer. Há, no Enem, um problema filosófico de origem: querer
que o Brasil seja um País com um único padrão de ensino. O Enem talvez seja o
vilão não pelo que apontam, o fato de deixar estudantes de Manaus e do Amazonas
fora da Ufam, mas por deixar completamente nus o Estado e o Município. O Exame
revela a fragilidade da Educação nos níveis estadual e municipal e deveria
servir para que nós, os amazônidas, cobrássemos medidas sérias e investimentos
efetivos na melhoria da qualidade da Educação nos dois níveis. Ao invés disso, buscamos
a solução mais simplista e mais populista: querer acabar com o Enem e com o
Sistema de Seleção Unificada (SiSu). Inicialmente fui completamente contra o
Enem pelo seu caráter de padronizar a Educação de Norte a Sul, de Leste a
Oeste. O Exame merece loas, porém, por desnudar a péssima administração do
dinheiro público da Educação nos níveis Estadual e Municipal. A invés da voraz
luta para que a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) deixe de usar o Enem
como um dos seus critérios de entrada de estudantes, todos nós, numa só voz,
deveríamos cobrar uma Educação de qualidade nos níveis estaduais e municipais.
É o mínimo que devemos fazer!
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