domingo, 11 de agosto de 2013

A Capes não é uma entidade do além

Para início de conversa, a Capes não é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior como já ouvi e li, inúmeras vezes Brasil afora. Capes é a sigla para Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Feitos os devidos esclarecimentos, ainda assim, é curioso ver (e ler) colegas, professores e professoras, a se referir à Capes como se fosse uma entidade do além. Também recuso-me a falar da Capes como uma entidade abstrata criada, por algum iluminado de Brasília: a Capes é um turbilhão de normas nascidas do nosso seio, principalmente daqueles que sempre tiveram acesso ao poder e dele fazem uso de acordo com as regras criadas pelos próprios "empoderados". A Capes, ao contrário do que muita gente tenta fazer crer, segue, rigorosamente, os manuais da "boa democracia representativa". Suas decisões são tomadas em Comitês, por área, com a indicação dos membros desses comitês feitas por entidades representativas em cada área. Para o bem ou para o mal, o que a Capes fizer, não é obra, volto a dizer, de nenhum iluminado de Brasília. O que acontece, no mais das vezes, é que nossos colegas, professores e professoras, invariavelmente criam regras e critérios de avaliação impossíveis de serem cumpridos. E quando uma turma de, aí sim, iluminados, se junta e resolve ser mais real que o rei, a D. Capes termina por pagar o pato em nome deles ou por eles.

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OBS: Post do dia 10/08/2013

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