quinta-feira, 1 de agosto de 2013

As capitanias hereditárias do saber

A eterna confusão entre público e privado não é feita apenas entre os políticos. Nós, os professores e professoras das universidades brasileiras, não sei se por conveniência, também cometemos deslizes. E as suspeitas de que eles ocorrem se tornam mais evidentes quando, em algumas áreas, as vagas de professores parecem "passar" de pai para filho ao longo de inúmeras gerações. Não há pecado em o filho seguir a carreira do pai ou da mãe. Torna-se estranho, porém, quando determinadas áreas do conhecimento mais parecem capitanias hereditárias. Somos muito bons em criticar os políticos e os governantes pela práticas condenáveis no trato com a "coisa pública". Na prática, porém, ao que parece, não temos o mesmo comportamento. Mais que ser honesto, um servidor público precisa "parecer honesto". O que isso significa? Que nossas práticas diárias devem estar acima de qualquer suspeita. Abrir flancos como a "ocupação das capitanias hereditárias do saber" por pessoas da mesma família nos fragiliza no papel que sempre exercemos de "farol do mundo". Talvez precisemos refletir melhor sobre a nossa prática de educadores dia após dia.

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OBS: Post do dia 31/07/2013

Um comentário:

  1. O patrimonialismo sempre foi nosso pastor e nada nunca nos faltou. Especialmente vergonha na cara.

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