Chavões
como o de que o mundo é a melhor universidade e as ruas são suas salas de aula podem
impressionar pela aparente profundidade. E, talvez, até o sejam mesmo.
Discordo, porém, desta metáfora da sala de aula como lócus da aprendizagem. Ao
contrário, há muito que a sala de aula é o pior ambiente para o desenvolvimento
da aprendizagem e, mais ainda, da criatividade. A sala de aula tradicional,
aliás, termina por se tornar uma espécie de "cemitério de gênios". Qualquer
estudante que esteja acima da média da mediocridade pré-estabelecida pelos
tradicionais "planos de aula" corre o risco de ser obrigado a se
"mediocrizar" para não ser ridicularizado pelos próprios
"professores". Quem já não ouviu do filho que a professora (ou o
professor) "não gosta" dele? No geral, o que se ouve é que existem
estudantes que "querem saber mais que os outros". Não se pode
imaginar que estes estudantes são mais criativos e dominam melhor "os
conteúdos", digamos, planejamos para aquela aula específica? A estrutura
não estaria matando os gênios? Muito provavelmente sim. O modelo educacional aplicado
no Brasil é inflexível, elege a sala de aula como o "centro do universo do
saber" e castra que foge ao "modelo de estudante" preestabelecido
nos gabinetes. É preciso repensar o que estamos a fazer no processo educacional
brasileiro para, ao invés de formarmos, apenas formatarmos.
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