Sou
de uma família humildemente pobre do interior do Acre, mais precisamente Sena
Madureira, localizada a 144 km da capital, Rio Branco. Em nossa casa, desde
muito cedo, aprendemos a economizar energia elétrica, não porque é chique ser
"politicamente correto" e respeitar o ambiente. Por necessidade,
éramos obrigados a deslizar as lâmpadas sempre que deixávamos o ambiente e a
retirar das tomadas cada um dos aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos
(raríssimo em função das condições financeiras). Os mesmos hábitos eram
seguidos com relação ao consumo de água: nenhuma torneira poderia ficar
"pingando". As mangueiras e tubos jamais poderiam ter um vazamento
sequer. E para não dizer que não falei de banheiros, lá venho eu com o assunto
novamente. Dói meu coração entrar em alguns dos banheiros da Universidade
Federal do Amazonas (Ufam) e ouvir o barulho da água a vazar intermitentemente.
Tanto por defeito nos equipamentos quanto por seus "usuários"
esquecerem as torneiras entreabertas. Sigmund Freud deve se remoer no túmulo e
me acusar de ter alguma "fixação da primeira infância", mas, não
deixo uma dessas torneiras abertas quando se trata do último caso. Quanto não
se economizaria de água se cada um de nós tivesse a mesma atitude, não por uma
necessidade, como era o meu caso na infância, mas, hoje, pela tão propalada
consciência ecológica? Aliás, será que temos mesmo "toda essa consciência
ecológica" ou tudo não passe de uma incomensurável balela? Da mesma forma,
quanto não seria economizado de energia se as lâmpadas fossem desligadas quando
o ambiente (no caso, dos banheiros) não tivesse em uso? Precisamos sair do
campo dos discursos e, efetivamente, praticar o que tanto defendemos dia após
dia. Em assim não sendo, deixaremos a categoria dos ecologistas de carteirinha
e passaremos a integrar a categoria dos ecologistas de mentirinha. Praticar em
casa e no trabalho o que defendemos é um bom início.
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