Como não sou daqueles que acreditam que a internet é a única responsável pela revolução no modo de viver das pessoas, tenho dúvidas se precisamos de algo como uma “educação para a vida digital”. Sou do tempo em que o respeito ao próximo, o carinho e a atenção eram regras para a vida inteira, quaisquer que fossem os ambientes. Como em grande parte das interações pela rede mundial de computadores é feita por intermédio da palavra escrita; carinho e tolerância são fundamentais quando se quer preservar as amizades, as boas relações. O ser humano, portanto, terá, essencialmente, de ser mais compreensivo, tolerante, afetivo. Não digo que, na rede, ou seja, na vida digital, a intolerância também não exista. O que defendo é que os dispositivos digitais móveis aliados às tecnologias de difusão das informações em velocidades altíssimas potencializaram o que Edgar Morin defende há algum tempo: somos 100% razão e 100% emoção ao mesmo tempo. Acredito piamente que a chamada “vida digital” potencializará a troca de afetos, de sentimentos. Não no patamar da simples “pegação”. Talvez, quem sabe, naquele nível de respeito, amor e acolhimento de muitos educadores defenderam ao longo das décadas. E isso vale para qualquer nível. Da educação básica à educação superior. Pense nisso ao avaliar o uso das mídias digitais na Educação.
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