A falta de consciência e leitura política, um dos legados do Governo Lula para a universidade brasileira, foi claramente estampada em cada olhar, ontem, das 8h às 17h, na entrada do Campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), quando professores e técnicos da Instituição e mais alguns sindicatos e entidades de classe dos funcionários públicos federais aderiram ao Dia Nacional de Paralisação dos Servidores Públicos Federais. Ao invés de bloquear permanentemente a entrada do Campus, a estratégia usada foi a de bloqueios temporários a fim de que os panfletos fossem entregues a quem entrava na Ufam. Poucos eram os olhares de aprovação e de incentivo dos colegas, estudantes, professores ou técnicos que passavam. Estive no local no período da manhã e da tarde. Vi em cada olhar reprovação, quase ódio e revolta. Era como se ali ninguém fosse trabalhador. Como se a greve não fosse um instrumento de luta legal e justo de quem negocia desde o ano passado e é cozinhado em banho-maria pelo patrão, o governo federal. Não é estranho que, quando chega o momento da sucessão, a consulta pública dá resultado a quem usa a troca de favores como estratégia fundamental. A desmobilização é geral e o analfabetismo político chega a doer no coração. Coletivamente estamos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Toda vez que participo de uma Assembleia ou mobilização na Ufam tenho mais clareza: o futuro é sombrio. Cada olhar daqueles que passaram pela entrada da Ufam ontem me confirmam isso. Simplesmente lamentável!
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