Preocupa-me um problema que considero grave na academia com o advento da rede mundial de computadores: as fraudes em projetos de pesquisa e trabalhos acadêmicos. A situação é tão preocupante que defenderia o caminho mais radical nos colegiados dos programas de Pós-graduação dos quais participo: a eliminação, no processo para ingresso, dos projetos de pesquisa diante da impossibilidade de se detectar plágios e fraudes deslavadas. Como dizem os mais antigos, nessa seara é preciso “desconfiar da própria sombra” e punir rigorosamente os fraudadores. Não se pode admitir que a universidade brasileira seja capaz de encobrir ou esconder casos de fraudes ou cópias mal-ajambradas de projetos. Sob o argumento de projetos denominados “guarda-chuvas” professores submetem os mesmo projetos, duas ou três vezes, no mesmo edital, com títulos diferentes. Não há outro nome para isso: fraude. Na trilha do péssimo exemplo dos professores, estudantes copiam trechos de artigos científicos inteiros em seus projetos de pesquisa sem ao menos citar o autor original, num roubo descabido das ideias alheias. Penso que é preciso a interferência governamental com políticas públicas claras de combate às fraudes na academia. Não se pode confiar em um cientista que, desde a iniciação, já o faz com a prática da fraude como regra.
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