Fui alertado por um colega, Marcelo Abreu, de que poderia estar em
jogo, já, a sucessão para o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de
Ensino Superior (ANDES-SN). E que o fato de permanecer em greve seria uma
tática para desgastar o ANDES-SN. Confesso, sou neófito nessa “guerra interna
dos sindicatos” e isso nem me passou pela cabeça. O que me moveu durante todo o
período dessa greve foi a luta por uma carreira digna e por melhores condições
de trabalho. Jamais imaginei uma diretoria do Andes-SN, muito menos a reitoria
da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). As duas coisas não podem e não
devem ser misturadas. Porém, imaginar que todos os participantes desta greve
que é histórica por ser a maior na histórica do sindicalismo público deste País
não pode ser avaliado inocentemente. E, talvez, tenha cometido esse erro. Há
uma corrente de petistas arrependidos e de petistas assumidos em todos os
sindicatos. Inclusive, o ANDES-SN. Não sejamos ingênuos, portando, em imaginar
que iremos afetar o Governo neoliberal do Partido dos Trabalhadores (PT) e da
presidente Dilma Rousseff. Ela navega em um índice de popularidade
inimaginável. E não será atingida, em nenhum momento, pela greve dos
professores professoras. Essa certeza; talvez, tenha sido o combustível que a
empurrou a tratar os professores e professoras em greve como se fossem nada.
Retornar estrategicamente para as salas de aulas e convencer, dia-a-dia, nossos
colegas professores e estudantes de que o PL 4.368/2012 é uma catástrofe para a
universidade pública brasileira pode ser um caminho mais inteligente no
momento. Sou terminantemente contra sair da greve agora. No entanto, seguirei e
defenderei até a morte a decisão tomada pela maioria. Se não conseguir meus
pares da necessidade de continuar, tenho de me submeter à decisão da maioria.
Caso não, baterei de frente contra a democracia burguesa. Muito embora,
atualmente, tenha críticas ao modelo, não rompi com ele. Portanto, é digno e
honesto me curvar à decisão da maioria ainda que seja contra ela. Esse será o
caminho que tomarei.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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