Há muito se diz que a Educação, no País, não é levada a sério. O
Governo do Partido dos Trabalhadores (PT) parece querer confirmar essa máxima
ao usar ministérios como moeda na troca de apoios. E quem seria usado para atrair
mais aliados, caso o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad chegue ao segundo
turno nas eleições de São Paulo, capital? É ninguém menos que o próprio Ministério
da Educação (MEC). O atual ministro, Aluízio Mercadante, passaria para a pasta
da Casa Civil e, para o seu lugar, iria o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP),
que também é candidato a prefeito de São Paulo, porém, não esconde de ninguém o
desejo de ser ministro da Educação. Lotear ministérios nunca foi uma prática
louvável em nenhuma época. Quando, porém, isso é feito por um partido dito “de
esquerda”, deixa mais ainda de ser louvável. E quando é feito com o Ministério
da Educação passa a ser reprovável. Quando a Educação for efetivamente prioridade
neste País, esse tipo de prática não mais ocorrerá. O que se precisa no MEC não
é de alguém para usá-lo como trampolim político. O fundamental é que se tenha
uma política educacional verdadeiramente inclusive e capaz de preparar pessoas
para o pleno exercício da cidadania e, como consequência disso, preparadas para
ocupar posições no mercado de trabalho. E isso deve ser um processo nos três níveis:
Fundamental, Médio e Superior. Enquanto não se tiver um olhar voltado para o “todo”
do processo de educação, da troca de saberes, haverá sempre uma espécie de
lacuna entre um nível e outro. Mais que isso, quando realmente a Educação for
prioridade, a sociedade não aceitará que o Ministério da Educação seja usado
como moeda de troca em acordos políticos. Nossa luta é para que um dia
cheguemos a esse ponto. A responsabilidade por mudar essa realidade é de cada
um de nós.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
Visite
também o Blog Gilson Monteiro Em Toques
e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou
encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.