segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Só Ciência e Tecnologia não melhoram a Educação


A ideia de que investimentos maciços em Ciência e Tecnologia (C&T) são capazes de melhorar qualidade geral da Educação no País, se não ingênua, é carregada de má-fé. Não há exemplo em nenhuma economia de mercado, e saudável, na qual o Estado seja o único responsável pelos investimentos em C&T. É da natureza desses investimentos serem de risco, aliás, de altíssimo risco, por isso, promovem retorno excepcionais. Faz parte da essência do capitalismo. O modelo misto que se quer implantar no Brasil, com o incentivo às parcerias entre as universidades e as empresas privadas é desequilibrado: deixa o risco nas mãos do Estado, por meio das suas representantes, as universidades, e os lucros nas mãos das empresas. Esse tipo de modelo nem melhora o capitalismo praticado no Brasil, nem a Educação do País. Sem que haja investimento em qualidade do processo de aprendizagem em todos os níveis não se chegará a produzir “gênios e cientistas” de primeiro mundo. Eleger “Ciência e Tecnologia” como ícones para melhorar a vida do cidadão comum é utopia (ou, como disse anteriormente, má-fé). Sem participação política, exercício pleno da cidadania, portanto, vida democrática, uma Nação não se firma como “opção ao próprio Capitalismo”, como parece ser o desejo do Brasil. Só seremos um País forte em “Ciência e Tecnologia” quando houver investimento equilibrado em todos os níveis da Educação, os quais, antes de tudo, promovam o crescimento das pessoas como gente. Tecnologias puras e simples, muito menos a Ciência, mudam a vida das pessoas.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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