Um dos pontos fundamentais da greve dos professores e professoras das
universidades federais brasileiras foi o que se convencionou chamar, durante o
período de greve, de “pauta local”. Na Universidade Federal do Amazonas (Ufam),
especificamente no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), local onde
desenvolvo minhas atividades profissionais, a necessidade de cuidados vai do
banheiro, passa pelas salas de aulas e chega à estrutura geral do próprio
Instituto. Uma das coisas que me preocupa há duas consultas para reitoria da
Instituição, e foi ponto fundamental das propostas nas duas vezes as quais fui
candidato a reitor: a falta de funcionamento dos hidrantes e todas as
consequências negativas que isso pode acarretar em caso de um incêndio. Em
ocorrendo um acidente desse tipo, principalmente em uma época de clima tão
quente como agora, todo o patrimônio físico será perdido em segundos, uma vez
que, além de a construção ser antiga, não há a mínima condição de os caminhões dos
bombeiros chegarem ao ICHL em tempo de debelar o fogo. Desde 2004 chamo a
atenção para esse item que revela “as péssimas condições de trabalho” nas quais
desenvolvemos nossas atividades. E que fique bem claro, não se trata de
responsabilizar o diretor da unidade. Nem tão pouco a reitoria. O que se tem é
uma política pública de “segurar” as verbas para a manutenção das
universidades. Não se pode admitir que sejamos obrigados a administrar as
unidades com base na fé e na força das orações, a torcer diuturnamente para que
não ocorra qualquer tipo de acidente. Além de não ter nenhum hidrante pronto
para o uso, o ICHL é uma unidade fixada no “meio” da floresta, com imensas
dificuldades de acesso para caminhões-pipas. Ou se soluciona esse problema
antes que algo mais grave venha a ocorrer ou a história nos cobrará por sermos
coniventes. Corremos o risco de perder não apenas o patrimônio físico, mas também,
ter vidas ceifadas. O ICHL precisa de cuidados urgentemente. Antes que a porta
não possa mais ser fechada.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
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