domingo, 2 de setembro de 2012

Não sairemos derrotados da greve


Um aviso a presidente Dilma Rousseff: qualquer que sejam as decisões a serem tomadas pela categoria, em unidade, não sairemos derrotados dessa greve nem dobraremos os joelhos como é o seu desejo pessoal. Não assinaremos de forma nenhuma o acordo que o vosso governo forjou com uma entidade fantasma gestada no próprio governo. Caiu a máscara, presidente. Seu governo não representa a classe operária deste País há tempos. Representa sim, os interesses do capital internacional, das indústrias automobilísticas e dos bancos. Enquanto o Governo dos Empresários e dos Banqueiros abre mão de quase 6 bilhões em Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os carros, diz que o limite para repor os salários dos professores em greve é de 4 bilhões. Sem falar que o tratamento dado aos grevistas é de um autoritarismo nunca visto nem nos anos de chumbo da ditadura. O que o governo fez foi, a custa da pressão que começou com a greve dos professores e professoras, criar um percentual único, de 15,8%, e anunciar o seguinte: ou aceitam ou ficam sem reajuste. Isso não é negociação: é autoritarismo. É imposição. É chantagem, menos negociação. A estratégia de forjar um acordo com a Federação-Fantasma, senhora presidente, ficou muito clara, era desmobilizar os demais servidores federais, caso os professores aceitassem a excrescência que nos foi oferecida. Como não a aceitamos, seu governo investiu em isolar-nos com a imposição de uma proposta espúria aos demais servidores. Essa não é uma tática negociadora, senhora presidente. É uma tática terrorista que fere todas as regras internacionais de respeito aos sindicatos e categorias. Tudo isso prova que não sairemos derrotados dessa greve. Não aceitar a imposição do vosso governo e o acordo forjado com essa Federação-Fantasma é nossa maior vitória. E isso, nem o Governo dos Empresários e Banqueiros que a senhora representa será capaz de nos tirar.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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