segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A chantagem institucionalizada contra as universidades


O Governo Federal, há muito, institucionalizou a chantagem como a única estratégia, tanto para pressionar servidores em greve, quanto para obrigar as universidade públicas a aderirem aos seus programas e projetos cujo objetivo maior é fazer valer a política pública de “o Estado mínimo na Educação”, implantada com mas profundidade nos governos de Fernando Henrique Cardoso, apurada nos oito anos do Governo Luiz Inácio Lula da Silva e posta em prática com a maior naturalidade do mundo no Governo Dilma Roussef. Foi assim com o O Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), ainda no Governo Lula, e, agora, aparece de novo na criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). A tática da chantagem é a mesma: ou se adere à empresa ou se fica sem verbas. É uma vergonha que membros da comunidade universitária aceitem esse tipo de argumento depois de 120 dias de greve justamente porque, O REUNI, que utilizou a mesma forma de pressão tenha redundado em fracasso na forma de implantação. Certamente, com os hospitais universitários acontecerá o mesmo: as promessas de rios e rios de dinheiro ficarão apenas, como já se sabe, nas promessas. É mister, portanto, que as universidades não se curvem a esse tipo de pressão e discutam, com mais profundidade, o desastre que pode ser essa adesão à EBSERH. Todo cuidado é pouco! E é didático não aceitar a chantagem como forma de pressão.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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