A Câmara dos Deputados conclui a tramitação do Plano Nacional de
Educação (PNE) contrariando todas as “indicações” do Governo Federal, ao
destinar investimentos de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do País para a
Educação. A redação final do Projeto foi aprovada na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ), com isso, a proposta não passa pelo plenário da Câmara e vai
direto para votação no Senado Federal. Diferentemente da reivindicação dos professores
e professoras das universidades públicas brasileiras, que defendiam 10% do PIB
para a Educação já, os deputados aprovaram que a meta será de 10% do PIB nos próximos
10 anos. Para que a meta seja alcançada, os recursos virão do governo federal e
dos orçamentos dos Estados e dos municípios. A proposta inicial do Governo Federal
era destinar 7% do PIB para a educação. No entanto, não conseguiu, na comissão
especial, aprovar o que pretendia. Tentou, então, colher assinaturas para
obrigar o Projeto a ser votado obrigatoriamente pelo plenário. A ideia era, com
a maioria que tem, aprovar o teto máximo de 7% do PIB em 10 anos. A estratégia
não deu certo porque muitos deputados retiraram as assinaturas e derrubaram o
recurso. Sem isso, o Projeto do PNE foi parar na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ), que dá redação final aos projetos. Enquanto os deputados deram
encaminhamento ao Projeto e, com a aprovação da redação final, remeteram-no
diretamente ao Senado, o Governo diz que não tem recursos suficientes para
implantar o projeto nos próximos 10 anos. Ainda que não tenha sido o projeto
por nós defendido, cabe não-apenas a nós, professores e professoras, fiscalizar
a aplicação dos recursos, mas também, a toda a sociedade. Deve-se lembrar,
porém, que a questão da Educação no País não se resume meramente às finanças. É
essencial que haja uma mudança de postura e de cultura em todos os níveis para
que se possa incorporar, definitivamente, uma postura inclusiva. Só assim a
escola cumpre o papel social de mudar o status quo da sociedade.
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