Há professores das universidades públicas brasileiras que ainda
insistem na tolice de tentar “bater de frente” contra a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes) como se essa fosse uma entidade a pairar sobre
nossas cabeças. Não o é! E se tem essa aura de entidade é porque ganhou
credibilidade nacional pelo rigor com que promove as avaliações e autoriza (ou
não) o funcionamento dos cursos de pós-graduação no País. Mais nas regiões
Norte e Nordeste há uma espécie de “choro” contra as regras estabelecidas como
se as duas regiões precisassem de “proteção”. As especificidades dessas duas
regiões devem sim, ser levadas em conta, nos processos de avaliação. No
entanto, não e pode, em nenhum momento, abrir mão do rigor. Sou partidário do
movimento “slow science”. Não considero, porém, que a exigência de uma média de
2 artigos (ou capítulos de livros) por ano, ao final de cada triênio, seja
exagerada. Com todas as vicissitudes enfrentadas por professores que trabalham
em universidades nessas regiões, Norte e Nordeste, não se pode admitir doutores
com produtividade zero como membros de programas de Pós-graduação. E, sejamos
honestos, no mais das vezes, nossos representantes de área, na Capes,
compreendem a “baixa produtividade” dos cursos mais novos, porém, não toleram
quando essa produtividade (baixa) se mantém constante ao longo dos anos. E,
nesse sentido, ao invés de chorar, professores e professores que “atuam” nos
programas de Pós-graduação deveriam mesmo era, antes de tudo, publicar,
produzir pesquisas, portanto, Ciência. Porque só na conversa ninguém mantém um
programa em funcionamento.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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