sábado, 6 de outubro de 2012

A greve também deixou estragos nas categorias


Não bastasse o fato de o Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical) conseguir, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) – 10ª Região, se desvincular do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) e passar a ser, oficialmente, o único representante os professores das universidades federais naquele estado, professores do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) discutem a criação de uma seção sindical, a se filiar a um sindicato, que represente apenas a categoria docente do IFMT. Os professores não concordam com a forma de como o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) conduziu o final da última greve. A tão sonhada unidade dos servidores públicos federais, a cada dia não passa de utopia. Na prática, e essa greve também foi didática ao demonstrar isso, não existe unidade nem na luta. Por convicção, sou terminantemente contra o pensamento único. Transgressões são essenciais para que as sociedades avancem. Como estratégia de luta, no entanto, quanto mais os sindicados se fragmentarem, tanto mais o governo, que no caso dos servidores públicos federais, gerencia a empresa do patrão maior, o povo, ganha forças. O problema é que os governos das nações, ao invés de representar os interesses do povo, portanto, do patrão, passaram a representar única e exclusivamente os interesses do capital internacional. E uma das diretrizes básicas do capital para enfraquecer as categorias é incentivar “o neoliberalismo sindical”, ou seja, a cisão. Do ponto de vista estratégico, a mim me parece, o caminho mais lógico seria reforçar ainda mais os sindicatos nacionais, talvez por categorias, e, nesse caso, os professores da UFMT tem razão, mas não perder o horizonte efetivo da unidade na luta. Sem isso, estamos fadados a acumular derrotas e cisões a cada nova greve.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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