Na última campanha eleitoral para a Presidência da República, comparei
a candidata do Partido dos Trabalhadores (PT), Dilma Roussef, a Chuck, o
Brinquedo Assassino, e o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira
(PSDB), José Serra, a Bento Carneiro, o Vampiro Brasileiro pelos personagens
famosos que os dois me fazem lembrar. Votei em Chuck, no último minuto. Hoje,
com a campanha para a Prefeitura de São Paulo, e José Serra de novo na disputa,
vejo que o futuro me deu razão em ter escolhido Dilma, embora discorde
frontalmente dela, principalmente no que tange ao tratamento que deu aos
trabalhadores federais em greve. Bento Carneiro, certamente, não faria melhor
(quer dizer, pior). Não posso, porém, olhar o mundo e vê-lo apenas com minhas
próprias lentes ou da categoria da qual faço parte. E o que José Serra faz
agora, em São Paulo, ao “deixar por menos” o apoio que recebe do pastor Silas
Malafaia na cruzada deste contra o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT),
Fernando Haddad, por quem não tenho nenhum apreço pela forma com que conduziu e
aprimorou a política pública do PSDB para a Educação superior, é deplorável e
inaceitável. Trata-se de uma cruzada homofóbica e indigna de alguém que já
disputou a Presidência da República deste País. Quem errou feio foi a
presidente Dilma Rousseff, ao recuar e vetar a distribuição do que foi
pejorativamente batizado de “Kit Gay”. Deveria tê-lo feito independentemente da
pressão da Igreja Católica e das Evangélicas. O Estado brasileiro é laico e
assim deve permanecê-lo para o todo e sempre por mais que sejamos excomungados.
O culto a qualquer tipo de religião é livre e não se confunde com nenhum tipo
de opção sexual. Curvar-se a esse tipo de discurso é optar por uma sociedade
intolerante e fundamentalista. Quaisquer que sejam nossos matizes políticos,
cabe a nós, os professores universitários, de qualquer religião, combatermos
vorazmente a intolerância, tanto religiosa quanto de gênero e de opção sexual.
Não podemos deixar que os vampiros engulam nossos cérebros.
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