É preciso que nós, professores e professoras, principalmente das
universidades, públicas ou não, tenhamos mais cuidado com as informações que
circulam nas redes sociais. Não que se queira aplicar nenhum tipo de viés de
censura. No entanto, há assuntos que deveriam circunscrever-se a boas discussões
em sala de aula que ganham a rede e colocam em xeque a credibilidade de um
curso inteiro. Será que os estudantes que acendem a pólvora e espalham-nas (as informações)
como rastilhos, não se dão conta de que os próprios cursos perdem credibilidade?
Ou seja, até eles, como profissionais oriundos daqueles cursos também caem no
descrédito? Dia desses li, em uma dessas redes, a denúncia de que um professor
tinha esquecido “as provas” em sala de aula e elas haviam sumido. Tal problema,
no meu entendimento, ao invés de ganhar as redes sociais, deveria ser solucionado
administrativamente. Pela poucas informações lidas, que geralmente são
truncadas ou cifradas, o professor recebeu todas as provas, as colocou em um
envelope, pegou o material e foi embora. Acontece que, por descuido, esqueceu o
envelope das provas. Posso até estar enganado, parece-me, porém, covardia das
maiores expor um professor dessa maneira. Esse é um assunto que, com
transparência, poderia ser resolvido em sala de aula sem que ninguém tivesse de
se deparar com a situação incomoda e constrangedora. É preciso, antes de tudo,
estabelecer relações éticas e de respeito dentro da sala de aula. Em assim
sendo, muito provavelmente, se um dos estudantes encontrou o envelope esquecido
pelo professor, entregá-lo-ia imediatamente na secretaria do curso. Fossem
criadas as condições de respeito e ética antes mencionadas, qualquer funcionário
que também encontrasse o envelope o devolveria. Case falhemos nessa primeira missão
educadora do estabelecimento de relações sólidas tenderemos a nos deparar como situações
incomodas como essas que, ao pararem nas redes sociais, liquidam com a
credibilidade do próprio grupo.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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