Fosse cientista, o deputado federal Romário de Souza Faria (PSB-RJ)
poderia ser chamado de “craque em todas as áreas do conhecimento”. O jogador,
que já foi famoso principalmente por não gostar de treinar, ou seja, de
comparecer ao local de trabalho, é um dos deputados que mais presentes nas
sessões da Câmara Federal, destaca-se por, embora faça parte da dita “base
aliada”, criticar ferozmente a Copa do Mundo de 2014, como “um dos maiores
roubos da história o País”. Agora, Romário ataca na área da Educação Superior
com o Projeto de Lei 4411/12, um dos maiores avanços, se for aprovado, para a
Ciência do País. O projeto prevê a simplificação do processo de importação de
mercadorias destinadas às pesquisas científicas e tecnológicas. Certamente, o deputado
Romário Faria(PSB-RJ) buscou auxílio junto a alguém da área, pois, o texto tem
aquele jeitão de quem já foi prejudicado inúmeras vezes pela burocracia de
Brasília. Pela proposta, pesquisadores terão a “liberação automática das
mercadorias livres de taxas da Receita Federal e da Anvisa.” O Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) será incumbido de criar
um cadastro nacional de pesquisadores que teriam liberação imediata das
mercadorias. Para ter direito à benesse, porém, ainda de acordo com a proposta,
o pesquisador será responsabilizado “pelos danos à saúde e ao meio ambiente”
caso haja alteração de finalidade para o material declarado e ingressado no País.
Levantamento feito pelo deputado indica que “76% dos cientistas brasileiros já
perderam material científico na alfândega e 99% resolveram mudar os rumos das
pesquisas em virtude das dificuldades para importar os reagentes.” Os números
demonstram a relevância do projeto. A Ciência brasileira, certamente, terá
muito a agradecer a Romário.
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