O mantra que consta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN) de que se deve educar para a tolerância e o respeito à diversidade é um
dos preceitos mais lindos (e justos) que uma Lei pode prescrever. Na prática,
porém, nada disso se concretiza se essa mudança de atitude for “imposta” da
escola para a vida. Enquanto, no núcleo familiar, educar para a tolerância e
respeito à diversidade forem “artigos de luxo”, nada mudará. E fico a me
perguntar? Como se pode ser tolerante e repeitar a diversidade quando os filhos
são educados, ao longo da vida, para não terem autonomia e obedecerem sempre?
Devem, inicialmente, obediência à figura do pai (ou da mãe). Em muitos casos,
dos dois. Ou, quem sabe, ainda, obediência ao irmão mais velho (ou à irmã).
Nessa estrutura que cheira a mofo, tempo de vida (nem sempre vividos com
qualidade) geram autoridade por si. O fato de ser pai, ou mãe, nessa sociedade
naturalmente autoritária (e nesse núcleo chamado família, mais ainda) também os
transforma em autoridade apenas pelo fato de serem pais. Mais nada! Essa mesma
sociedade impõe às crianças e jovens mais uma subserviência: aos professores e
professoras. Ainda que, nem sempre, tenham autoridade suficiente para
exercerem-na. Este é o cenário no qual nos criamos. A ter autoritarismo e
subserviência com regras. Logo, essas regras não serão subvertidas, nas
escolas, apenas porque uma Lei de Diretrizes estabelece. É preciso mudança de
atitude. Como pais e professores. Caso contrário, a Lei terá um alfabeto
inteiramente morto.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
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