segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A complexidade da política de quotas

A política de quotas nas universidades brasileiras não é algo tão simples como a vã proclamação de decretos e leis leva a crer. No próximo ano, por exemplo, as universidades serão obrigadas a elevar para 22,5% o número de vagas. Quanto mais se eleva esse número, mais se torna necessário um trabalho psicopedagógico de acompanhamento e apoio às pessoas que entraram por meio desta modalidade para que não fiquem pelo meio do caminho. A responsabilidade social da universidade não pode se limitar a oferecer as vagas. É preciso dar condições para que essas pessoas, após entrarem, logrem êxito. E isso não se consegue sem que haja uma política interna de acompanhamento e apoio a esses estudantes para evitar, dentre outras coisas, o confronto e o preconceito das pessoas que sentem como se suas vagas fossem "tomadas". É preciso entender que há uma dívida social e um dever de se dar oportunidade de inserção para as pessoas menos favorecidas. E a universidade brasileira não pode se furtar a fazer parte do processo de pagamento dessa dívida histórica.

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OBS: Post do dia 10/11/2013

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