Há
momentos e movimentos dentro das universidades brasileiras que parecem refletir
simplesmente uma busca individual e insana pela criação de guetos. Enquanto, de
um lado, os teóricos discutem a religação dos saberes, do ponto de vista
administrativo, discute-se o saber do eu-sozinho. A racionalidade didático-pedagógica
perde sentido. Os prédios e as vagas nos conselhos superiores passam a ditar o
tom dos discursos. Ou os sentimentaloides sonhos individuais de se passar para
a história como mentor de alguma Faculdade ou Instituto. O bem-comum que se
lixe. O coletivo que desapareça. Vale a esperteza da manipulação dos discursos
e colegas para se vencer um debate que de acadêmico não tem nada. E quando a
razão acadêmica e dinamitada em nome dos argumentos administrativos com fins de
se ganhar poder e prédios, a noção de universidade morre. Fica-se com a
impressão que é desejo de muitos que cada um se transforme em um Instituto ou
uma Faculdade ambulante. A unidade acadêmica, princípio basilar de uma universidade,
dá lugar a um amontoado de cursos que viram Faculdade ou Institutos. Só há uma
explicação para movimentos como esse: a insana e gloriosa luta(não mais velada)
por CDs.
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