domingo, 17 de novembro de 2013

Pesquisadores-operários cada vez mais excluídos

O Brasil é uma País no qual algumas política públicas carregadas de boas intenções terminam por aumentar ainda mais a exclusão. Quando as agências de fomento tomaram a decisão de que bolsistas só podem ter vínculo empregatício se o trabalho que realizam durante a pesquisa “for resultante de sua condição de bolsista e como consequência do tipo de projeto que esteja desenvolvendo” excluíram que não for ligado às universidades. Acontece que, no Brasil, a maioria dos estudantes de Pós-graduação, pelo menos no Amazonas é assim, são operários. Não apenas professores, mas, operários ou no Polo Industrial de Manaus (PIM) ou nas empresas. Sem que sejam liberados para dedicação exclusiva aos programas de Pós, são obrigados a trabalhar e a estudar. Com isso, cria-se uma distância ainda maior entre que é do ramo da Educação, os professores e professoras, e quem dele não faz parte. Não tenho fórmulas, mas, é preciso tentar corrigir essa distância. Afinal, a pós-graduação não é destinada apenas aos professores. Se o País quer ter mais pesquisadores nas empresas terá de encontrar uma forma de o pesquisador-operário não ser excluído das Pós-graduação.


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