Quando
penso que já ouvi tudo de visão reacionária a respeito da Pós-graduação deparo-me
com o argumento de que "não se deve incentivar a participação política de
estudantes de Pós-graduação, pois esses estão na universidade para estudar e
são diferentes da graduação". Valei-me, Jesus amado! Trata-se de uma visão
tão atrasada a respeito do perfil do estudante de Pós-graduação quanto aquela
de alguns pedagogos que determinam, de forma inequívoca, que existe uma idade
cronológica ligada a determinados tipos de conteúdos. Conduzir estudantes à
alienação, em quaisquer dos níveis, dentro de uma universidade, principalmente
pública, deveria ser considerado um crime de lesa-cidadania. Talvez seja por
isso, por acreditar em um perfil tão diverso de uma estudante de graduação, que
determinados professores defendem vorazmente que, na Pós-graduação, não se pode
(nem se deve) fazer greve. É uma visão tão absurdamente fora da realidade que
até a toda-poderosa Universidade de São Paulo (USP) não só permite a
participação de estudantes nos Colegiados, mas também, abate do prazo do curso,
o tempo dedicado à participação nos órgãos colegiados. Um bom exemplo a ser
seguido por quem insiste em retirar dos estudantes até o direito de
participação nos colegiados e nas coordenações de cursos.
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