terça-feira, 26 de novembro de 2013

Qualidade e quantidade em Pesquisa

A taxionomia em pesquisa talvez seja mais complexa que a própria complexidade. Há os que simplificam tudo dividem as pesquisas em qualitativa e quantitativa. Como o bom é estar na moda, tem que ouse dizer que faz pesquisa "qualiquanti". Talvez fosse melhor complementar com uma frase vinda do humor:"não necessariamente nessa ordem". Porque fazer uma pesquisa que tenha a primeira fase qualitativa e depois a segunda fase quantitativa não tem lógica e não se sustenta em meia hora de discussão teórica. E até aceitável que se faça uma primeira fase quantitativa para se concluir que o fenômeno pesquisado merece ou não uma fase mais aprofundada. Aí se esbarra no velho dilema: quanto mais amplio a base de entrevistados em uma pesquisa, menos consigo profundidade. Opostamente, quando a base tende à unidade, mais profunda se torna a pesquisa. Prega o dito popular que água e vinho não se misturam. A não ser por modismo ou pendantismo, usar a denominação "qualiquanti" dificilmente poderá ser comprovada com o resultado da pesquisa. Porque uma pesquisa extremamente ampla jamais será profunda e vice-versa.


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