O fato
de as decisões serem colegiados, como o são nas universidades brasileiras, não
garante que o processo seja plenamente democrática. Quando uma maioria absoluta
de membros de um colegiado, por exemplo, une-se para que nenhum de tipo de
projeto ou proposição da minoria seja aprovado, o que se tem não é democracia.
É totalitarismo travestido ou mascado de democracia. A predisposição por prejudicar
algum desafeto, o lobby, a troca de favores, tão lastimavelmente criticada fora
da universidades, transformou-se em regra a ponto de até os maiores defensores
das decisões colegiadas optarem por uma nova estrutura sem os departamentos.
Acontece que esse tipo de estrutura é ainda mais totalitária e centralizadora
que a anterior, baseada em departamentos. Se em uma unidade menor os arranjos
nas votações de temas polêmicos ou de interesse da administração existem, o que
não se dizer em uma unidade maior: as chances de a maioria esmagar a minoria
são muito maiores. É fundamental refletir sobre o problema.
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