sábado, 5 de outubro de 2013

A Educação pelo exemplo na Pós-graduação

Não creio na máxima "faça o que eu digo mas não faça o que eu faço". Em Educação, é a mais furada das furadas. Fico a observar alguns colegas professores e professoras, que mal e parcamente produzem a média de dois artigos científicos ao ano, a cobrar produtividade dos estudantes. Querem, inclusive, em alguns casos, obrigá-los a só defender a tese ou a dissertação, se apresentarem algum artigo publicado "em revista Qualis". A cada ano, quando se vai preencher o aplicativo Coleta, o desempenho de grande parte dos professores e professoras é sofrível. Por outro lado, no mais das vezes, os eventos internos dos programas de Pós-graduação são esvaziados. Até mesmo os Congressos (nacionais ou internacionais) contam com numerosos inscritos e "gatos pingados" nos eventos presenciais. Não sei se pelo modelo atual, que tende ao fracasso, ou nós que fracassamos ao assumir o compromisso de fazer parte dos Programas de Pós-graduação. O certo é que, nos Congressos e Fóruns são encontradas as mesas "figurinhas carimbadas". Enquanto não se conseguir mobilizar estudantes efetivamente pelo exemplo dos seus professores e professoras, a tendência da Pós-graduação é patinhar. O fato de ser bolsista não é argumento para obrigar estudantes a participarem de tudo enquanto professores e professoras, que são pagos para isso e assumem compromisso com os Programas, só o fazem vez por outra. A mesma mão que cobra dos estudantes tem o dever moral de cobrar dos colegas professores e professoras. É o mínimo de coerência que se espera.


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