sábado, 26 de outubro de 2013

A falibilidade do método em Educação

Definitivamente, o que a comunidade precisa entender, tanto a das universidades quanto a que vive fora dela, é a nossa condição de humanos, falíveis em essência. Ora, se quem pratica a pesquisa, por conseguinte, a Ciência, são seres humanos (é bem verdade que, alguns, após obterem o título de doutor, passam a se considerar deuses), é mais do que evidente a possibilidade do erro, da incerteza. Quem acredita que um ser (humano) é capaz de se afastar por completo do objeto de estudo e se tornar neutro, plenamente objetivo? A tão propagada objetividade do método científico tradicional é o "distanciamento" do objeto de pesquisa. Uma quimera, uma utopia impossível de ser atingida em se tratando de humanos. Quem de nós acredita no fato de que ser cientista ou pesquisador faz com que o ser deixe de ter neuras, emoções, contradições, enfim, sentimentos? Prefiro fazer parte da turma da "nova ciência" que opta pelo método apenas, como defende Edgar Morin, "o percurso", o modo como o trabalho foi feito. Nada a mais! O método não é a melhor forma, a forma mais correta de se fazer uma coisa. É, apenas, a forma como se fez determinada coisa. Quando o método é a única e a mais correta forma de se fazer algo, a Ciência toma ares de Religião.

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OBS: Post do dia 25/10/2013

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