sábado, 17 de junho de 2017

As bancas examinadoras e o INMETRO

O nome é pomposo: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. A sigla? Mais conhecida ainda: INMETRO. Talvez, por isso, seduza tanto os doutos professores que fazem parte das bancas de qualificação ou defesa de teses e dissertações. Certa vez, em um curso de redação científica que ministrei em Porto Velho, alguém disse: “aqui, nós temos alguns professores que são do INMETRO”. São aqueles professores que “medem” os espaços em branco, as entrelinhas, as citações e quetais. Mas, deixam de lado a qualidade científica das pesquisas, as descobertas. Nada vale se as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) não forem rigorosamente seguidas. Eis aí mais um exemplo da minha tese da “perda de autonomia consentida”. Nós, as universidades, somos reféns da CAPES, do CNPq, das FAPs, do CNS, da ABNT... Não é de estranhar que um professor (ou professora) participe de uma banca com as armas à mão (as NBRs) e, ao invés de defender a Ciência, defenda, vorazmente, uma entidade particular.


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